Wednesday, December 13, 2006

Verdes mares.

Às vezes eu acho que os quinze minutos diários de paz que derivam de todo verde dos teus olhos me são suficiente pra viver.
Outras essa paz parece ser suficiente pra que minha morte seja rápida e indolor.
Tenho certeza de que a tua presença é indispensável para minha felicidade plena, e todas as noites eu me esqueço de você pra rememorar o meu passado.
Eu brindo á você com minha taça de sangue fresco.
Eu brindo á nós três, você, eu e o desgosto que tem nome e endereço.
Eu brindo á mim mesma, á minha loucura e sanidade desconcertante.
Preciso de você, e mesmo assim invariavelmente te dispenso pra viver essa dor que nem dilacerante mais é.
É que me acostumei com aquela amargura que me foi oferecida.
Um dia quem sabe desaprendo a sofrer, e te deixo ficar, assim, com todo esse verde dos teus olhos. Só pra me fazer feliz outra vez.

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