Tuesday, December 19, 2006

Run!

Te ver assim sem esperar é como levar um soco no estômago.
Saber que andamos pelas mesmas ruas é assustador.
Essa cidade ficou pequena, bem como o mundo e todo o universo são insuficientes para nós dois.
Preciso urgentemente de outra dimensão. Preciso de mais espaço pra esquecer.
Esquecer que metade de mim se perdeu, almas gêmeas separadas, seguindo caminhos opostos que nunca mais se cruzarão.
Caminho sem volta.
Canção triste no meio da tarde ensolarada. Lágrimas que transbordam tomadas de vontade própria.
Ontem foi outro dia. O dia em que eu fui até o inferno por você, e você fechou a porta pra que eu não conseguisse mais voltar. E se foi, partiu. Você fugiu!
É por isso que a porrada seca no meio da minha cara de tonta dói tanto.
É por isso que quando os olhos se cruzam é uma porrada seca no meio da minha cara.
O tempo pára. As cores desbotam, e a vontade de vomitar provoca arrepios.
Tem a duração de frações de segundos, mas a sensação é de que nunca vai terminar.
E mesmo quando acaba ainda permanece.

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