Monday, September 22, 2008

Queria te comprar, como se fosse uma boneca russa. Guardaria-te dentro de mim, e a mim em outra boneca. E protegidos assim ficaríamos, na minha estante, recitando poesias para quebrar meu coração

Wednesday, September 10, 2008

...

Você me olha e sorri daquele jeito que faz com que os joelhos tremam um pouco, e vem aquela sensação de desmaio. E me odeio por não ser capaz de te devolver todo o amor com que inunda meus dias.
É realmente uma pena, mas você não percebe, e sou incapaz de fazê-lo perceber que não vale a pena.
A vida é um jogo de mentiras.
E isso é tudo.

Friday, September 05, 2008

Sad, sad, so sad...

Acho interessantes as pessoas tristes. Daquelas que escrevem sobre tristeza. Suas dores em forma de poesias. Por que não existe forma melhor, e mais bonita de falar das dores de amor do que em poesias. Aquele que sofre e não busca mais respostas na ciência, respostas objetivas, filosóficas, somente escreve poesias de amor. Desabafos românticos recheados de dores inimagináveis e não físicas. Desatentos a toda forma de lirismo, desatentos a toda forma de amor. Egoístas. Solenes. E inconsoláveis, sorumbáticos, melancólicos, infelizes e morrendo um pouquinho a cada dor.
É triste, mas não deixa de ser bonito.

Wednesday, September 03, 2008

Mil faces

Posso ser Sylvia e morrer de ciúmes por qualquer bobagem. Posso ser Emma Bovary, tomar arsênico depois das minhas extravagâncias amorosas. Posso ser Helena, fútil e sexual. Posso ser Virgínia Woolf, ter crises e crises de histeria pra me sentir melhor. Posso ser Marilyn, tomar barbitúricos logo no café da manhã e desejar profundamente que alguém me ame de verdade. Posso ser Beth Davis e olhar para todos com desdém. Posso ser Nany Spungen, encher a cara de heroína pra esquecer da vida ruim. Posso ser Bessie Smith e cantar as dores bobas do blues. Posso ser Cass, enfiar grampos no nariz. Posso ser Ming, gerar a ninfomania. Posso ser tudo. Só não posso mais ser eu.