Monday, July 28, 2008

Ela é eterna...


Feito pintura...
By: Rafael




Saturday, July 26, 2008

Roube-me

Roube-me toda a esperança e com um único tiro acabe com a alegria.
Deixe-me sangrar até findar o que há de belo em mim.
Faça com que seus atos firam-me, torturem-me, magoem-me.
Torne-me uma pessoa feia e amarga.
Prometa-me o paraíso e conduza-me pelas mãos até o inferno e abandone-me lá.
Arranque-me do peito o coração e com as mãos ainda ensangüentadas olhe-me nos fundo dos olhos e diga-me que tudo o que fez, fez por amor.

Wednesday, July 23, 2008

E se Lucy caísse?



Ai ai.. Lá vamos-nos escrever sobre isso outra vez...
Okay, eu sei que já prometi uma centena de vezes que não iria mais tocar neste assunto. Mas promessas foram feitas pra serem quebradas. E essa frase me remete a muitas lembranças doloridas, que me magoaram muito num passado não muito distante. Tenho pensado muito nisso tudo ultimamente, sobre mágoas, quebra de promessas, mentiras, abandono, essas coisas. Ah... Mas quer saber, tem certas coisas que não valem mesmo a pena. Isso não vale a pena. Isso tudo é uma bobagem. Esquece. Desculpe por desperdiçar o seu tempo, e o meu também. Prometo não tocar mais neste assunto.
Em tempo: Se Lucy caísse, ela teria que levantar outra vez. Todos temos.

Saturday, July 19, 2008

Fragmentos

Tanto amor em mim, em ti nem tanto.



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Solidão não se cura com aspirina.



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Tanta coisa me escapa, e agora o gás.



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Me tornei uma mulher “Maria Bethânia”, uma Elis Regina cantando ”Atrás da porta” no Fantástico numa noite de domingo no inicio da década de 80.



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Deprimente.



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Deprimida.



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Esqueci de molhar a samambaia outra vez.



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“E vendo com nossos olhos, que vasculham as intimidades, sabemos, nós, os de maior inteligência, que ele viveu, sim, uma grande história de amor”.



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Mas uma vergonha dentro de mim me impede de dizer a ele que eu o amo.



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Iiiiiihh!!! Que bobagem...




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Devia ter feito alguma coisa pra me ter. Ou me deter.



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Imagina se o telefone tocasse agora?




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Será que vou parecer louca se me levantar e for fumar lá fora?



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Com essa luz daria uma foto bem bacana.



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Será que eu desliguei o gás?



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Minha máquina fotográfica... Onde deixei? Será que tá no carro?



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Acho que a maquiagem do meu olho borrou... Será que pergunto pra ele se minha maquiagem tá borrada?




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O Zig Koch levou 17 horas pra fazer aquela foto das borboletas...




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Aposto deizão como ele ronca.



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Les temps sont durs pour les revêurs.




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Ele deve dormir com a boca aberta também.




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Dezessete horas é tempo pras cacete.



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Cadê aquela minha cara de paisagem?




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O Alan levou 5 horas pra fazer a foto da lagartixa.




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Eu devia ensinar algo realmente útil pra alguém.




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Cinco horas são bem menos que dezessete, mas também é tempo pra cacete.




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“O esforço pra lembrar é a vontade de esquecer.”




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A foto da zebra eu fiz em 5 minutos. Incluindo a produção e maquiagem.



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Me dá uma razão.




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Cinco minutos é um tempo realmente irrisório...



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Aceno com a cabeça, mas faz uns cinco minutos que não ouço o que ele diz.



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O que você faz de útil em cinco minutos?




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Humpf! Deixa pra lá.



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Wednesday, July 09, 2008

Sem alterações

O fato de estar de bem comigo mesma, não se iludam, não quer dizer que não continuo achando todos uns cretinos.
Meu quê amargurado continua lá, firme e forte, porém contido.

Thursday, July 03, 2008

Era uma vez...

Às vezes me questiono porque meninas são tão bobas. Desde crianças somos estimuladas a não só acreditar num príncipe encantado como a esperá-lo como um salvador que irá nos socorrer e nos salvar dessas nossas vidinhas sem graça.
Um príncipe lindo, alto, loiro, que virá num lindo e reluzente cavalo branco, com sua armadura impecável, sorriso largo e cheio de boa vontade, cordialidade, amor sem fim, gentileza e tudo aquilo que toda mulher-garota-menina-senhora anseia.
Esperamos pela perfeição. Diálogos ensaiados, situações clichês, e quem sabe rosas vermelhas.
Esperamos tanto pela perfeição que acabamos por viver frustração atrás de frustração. Por que gente perfeita não existe, amor perfeito não existe, vida perfeita não existe.
O que existe é gente comum, numa vida comum, com sentimentos comuns, num mundo comum.
E o termo comum não é depreciativo, muito pelo contrário. Ser comum é bom. Ser feliz com o comum é maravilhoso. Por que quem vicia no extraordinário fatalmente acaba frustrado. E quando você se conscientiza disso tudo acaba sendo mais fácil, sem projeções, sem anseios, somente aproveitando.
Por que príncipes encantados não existem, existe príncipe comum, que não precisa necessariamente ser lindo, alto, loiro, num lindo e reluzente cavalo branco, com sua armadura impecável, sorriso largo e cheio de boas vontades, cordialidades, amor sem fim, gentilezas e tudo aquilo que toda mulher-garota-menina-senhora anseia, aliás, não precisa nem ser príncipe.
Acho que os garotinhos de 7 anos tem razão: garotas são bobas. Sempre foram, e pra sempre serão.

Tuesday, July 01, 2008

Nem dói mais.

Nem dói mais.
Nem dói e falo isso com aquele orgulho que os sobreviventes de guerra tem no tom da voz.
Talvez eu seja uma sobrevivente também. Só quem já viveu a perda de um amor tão grande como eu sabe do que estou falando.
São etapas e você tem que tirar forças não sei de onde pra conseguir sobreviver.
No princípio você fica sem chão, atordoado, como se fosse desmaiar. Depois vem aquela sensação (e um desejo profundo) de que seja mentira, um sonho, um pesadelo. Quando a realidade é mais forte e você se toca do fim vem a fase do choro, são tantas as lágrimas que seria possível encher uma piscina, olímpica, inclusive.
A etapa seguinte é a raiva, você sente que é o ódio que te motiva, você acorda odiando, passa o dia embebida nesse sentimento e por fim vai dormir na certeza que no dia seguinte é o ódio vai te acordar e fazer com que sobreviva a mais um dia. Passado um tempo (e isso varia muito) as coisas vão retornando ao normal, você volta a ter uma vida social, noitadas, festas, porres, mas tudo diferente do que era, sem envolvimento, sem ser notado, é um estar ali sem estar. Minha fase “samambaia” foi terrível, eu simplesmente não fazia a menor diferença aonde ia, e o pior, durou quase um ano.
O tempo passa, e o tempo meus queridos, é o melhor amigo daqueles que sofrem por amor, e conforme os dias e meses vão passando, a poeira vai baixando, o monstro diminui de tamanho, e nem é mais tão assustador. Então um dia você se toca que aquela sensação de abandono foi frescura, que as lágrimas choradas foram desperdiçadas, que aquele ódio todo só te deu dor no estômago, as festas e as noitadas voltam a ter o brilho de antes. Tudo que aconteceu e te atormentou tanto é tão pouco e sem sentido. De repente você se toca que na realidade nem amou tanto, que a perda nem foi tão grande assim, que a vida continua, que tem dias que o sol brilha que é uma beleza, e que mesmo em dias de chuva existe uma beleza que sempre esteve lá.
Uma bobagem. Foi nisso que o meu amor por você se transformou, em uma bobagem. E eu passei a não me importar com aqueles detalhes que me incomodavam, como o fato de nunca ter dito adeus, nunca ter dito que eu sentia, do nosso trato do soco no nariz (lembra disso? Que bobagem!!), tanta coisa pra te contar, te dizer, talvez te xingar, xingar a tua família, tudo uma grande bobagem. E hoje nada disso importa, e o fato de não me importar me agrada. Não me importar é charme, como se nada do que aconteceu me afetasse de fato. Blazè, como você me chamava.
Cair e levantar.
Arranhou? Assopra que passa.
E hoje, se te encontrasse na rua era bem capaz de te cumprimentar, sorrindo, e perguntar com aquele ar vazio dos que não se importam: “Tudo bem com você?”.