Sunday, December 16, 2007

Me deixe ser canalhaaaa!!!

Sunday, December 09, 2007

Você foi uma brisa que passou na minha vida.
E que me deixou resfriada.

Sunday, December 02, 2007

Se eu pudesse escreveria um final diferente pra nós dois.
Um final feliz.
É triste ver uma estória tão bonita terminar assim.
Eu faria isso.
Terminaria de outra forma.
Acho que nós merecemos.
Daí eu percebo o quanto eu sou incapaz.
Realmente é uma pena.

Sunday, November 11, 2007

Leif Eriksson

A sonoridade das músicas tristes a acalma.
A melodia sorumbática não a desagrada.
Quando a tristeza toma conta de seu corpo e de sua alma, ouvir os acordes melódicos e depressivos servem como um alento.
Sente o choro subindo pela garganta e mesmo com os olhos fechados as lágrimas teimam em cair, espremidas.
Consegue sentir a vida esvaindo pelas cicatrizes dos pulsos - tristezas passadas.
É a amargura condensada.
Tão densa e sincronizada.
Doem os pulsos, no pulsar do coração.

Saturday, October 20, 2007

Sobre a separação

Este quarto ficou grande demais.
E eu queria um quarto onde só coubesse o meu corpo, uma casca de concreto ao redor de mim. Eu não queria muita coisa.
Eu só queria que as paredes me abraçassem.

Sunday, October 07, 2007

Então ela voltou.

Com tudo, sem pedir licença, sem perguntar se eu a queria novamente na minha vida. Entrou como um furacão, pra me fazer enfiar o dedo na ferida, ver o que nem esta cicatrizado sangrar. Fez-me perder-me em devaneios, ficar contando as horas, os minutos... Entrar num ciclo de pensamentos, e quando esses se acabam, entrar na onda da imaginação, as piores imaginações que alguém poderia ter. Virei zumbi, vagando pela casa escura, a mal dizer a infeliz que voltou sem ao menos um aviso prévio. Quando o que mais queria era dormir, ela volta, como pra me dizer que paz é algo distante para mim no momento. A insônia, aquele fantasma que me acompanhou por vários anos, esta aqui ao meu lado novamente. Como seu já não tivesse fantasmas suficientes a me perturbar! Como se minha mente já não fosse o bastante pra criar cenas a me torturar... Cada vez Murphy me parece mais presente: "Quando algo puder dar errado, vai dar e da pior forma possível". E dá, tenha certeza que tem horas que todo universo conspira contra você. E as palavras de consolo me parecem tão distantes, tão vagas, tão sem sentido e sentimento...
Sei que não é verdade, mas às vezes me parecem apenas palavras. E eu fico aqui novamente, retornando a um ciclo que conheço bem, noites em claro a procurar o que eu mesma nem sei como perdi.

Sunday, September 30, 2007

Indigestão



Eu tô mastigando o mundo e ele tá descendo rasgando junto com as lágrimas.
Tá doendo muito, não tem remédio e eu tô tão sozinha....

Sunday, September 23, 2007

Revival

E tem aqueles dias que você cutuca a ferida, só pra sentir aquela dorzinha outra vez.
E tem aqueles dias que você sabe que vai se machucar e acaba fazendo tudo de volta.
Só pra se sentir viva outra vez.
E tem aqueles dias que tudo parece saudades, ausência e dor.
E tem aqueles dias que a única vontade que dá é de sair correndo e gritando, se debatendo e xingando.
Só pra ver se a angústia passa.
Vontade de pegar essa droga de estilete e desenhar no corpo, ver o sangue brotar colorindo esses sentimentos incolores, tão insípidos e inodoros que dá nojo.
Mas amanhã tudo vai ser diferente.
Eu sei.

Saturday, September 15, 2007

Eu amo!!!

Pode parecer estranho ou doentil, mas é tanto amor que transborda.
É tão intenso que acaba por ultrapassar a tênue linha entre o que é amor e o que e ódio.
Por isso que pareço odiar.
Amor/ódio
Ódio/amor

Vai entender.

Friday, September 07, 2007

E nem é amor o que me impulsiona, é raiva!

Saturday, September 01, 2007

Um dia vamos nos reencontrar
E ambos, depois do susto, vamos nos aproximar bem devagar
E olhando bem nos olhos, vou me aproximar do seu ouvido
E como quem conta pornografias secretas vou berrar o mais alto que conseguir:
IMBECIL!

Sunday, August 19, 2007

Color print


Foi quando eu percebi.
Todas as cores fortes de que sempre gostei e que coloriam a vida que eu desenhava haviam desbotado.
Procurava um culpado.
Foi quando você entrou.
E eu vi a culpa na sua cara lavada.
Sabia que você havia feito tudo de propósito, só pra me magoar.
Você apenas afirmou com a cabeça.
Você quis destruir minha vida.
Você quis descolorir a minha vida.
Porque você é louco, e mais louca fui eu em acreditar em você.
Do alto do décimo quarto andar eu gritei, gritei e joguei suas coisas janela abaixo.
Queria ter te jogado junto.
Gritei e gritei tanto que quem passava a dois quarteirões dali me ouviu.
Gritar era a única coisa que eu podia fazer.
Gritar e jogar as suas coisas fora.
Uma a uma.
Para bem longe de mim.
Depois fiquei olhando as luzes da cidade, o fluxo de carros.
Tentei colorir minha vida de volta.
Mas mesmo assim meu ódio não passou.
Eu sei que eu não vou pro céu mesmo, então eu desejo: eu quero que você morra. Morra.
E pronto.
Não quero mais nada de você, nem pra você...
Só que morra.
E suma da minha vida e leve todos os problemas que trouxe contigo.
Seu merda.
Eu te odeio.
(E ontem eu te quis ao meu lado. Para abraçar quente e me fazer dormir, e depois acordar todos os dias e olhar pra você, te fazer sorrir, e ver o tempo parar).

Saturday, August 18, 2007

Atualizar

Será que se ele apertasse a minha tecla F5 a cada minuto, ainda gostaria de mim?

Saturday, August 11, 2007

Deja vu

Tudo que ela precisa pra uma noite de sábado feliz é a velha festa com músicas dos anos 80, alguns cigarros e cervejas, e um menino uns 5 ou 4 anos mais novo, com quem ficará aos beijos por quase a noite toda.
Trocarão telefones, e na manhã seguinte já serão amigos de orkut. Passarão a tarde conversando amenidades no Messenger e então ele estará terrivelmente apaixonado. Até um dia descobrir que ela tem outro. Tentará se matar e ligará chorando pra cobrar coisas que ela nunca lhe prometeu. Ela vai lhe dizer que um dia ainda lhe agradecerá por tudo que lhe fez, e ele a odiará pro resto da vida.
E mesmo assim ela ainda achará que lhe fez um bem.


Historia verídica...

Tuesday, August 07, 2007

Hoje eu vi o Diabo e ele NÃO veste prada.
Na verdade ele veste umas roupas bem "piãolifestylemadeM.Officer" e tem o pinto pequeno.

Já mencionei que ele também é covarde?

Bom, isso não vem mais ao caso.
Sem maiores detalhes.

Sunday, June 24, 2007

Never stop the game...

Ele me perguntou se eu não tenho medo de me machucar.
A pergunta ecoou em meus ouvidos, percorreu o corpo todo e foi parar no meio do meu estômago, como um soco, seco e certeiro.
Tentei em vão formular uma resposta complexa e verdadeira, mas enfim, a única coisa que saiu da minha boca foi um simples e mentiroso não.
Não é que eu não tenha medo, medo todos têm, eu acho.
Eu acho, e isso quer dizer que não é certeza, mas é tudo tão banal.
Sofrer todos sofrem, e eu sinto tanto.
Mas quem se importa realmente com isso?
A única coisa que eu quero agora é continuar dançando, pela noite toda, até de manhã.
Até me cansar.
Assim como cansei dele, e daquele outro.
Faz parte do jogo.

Sunday, June 17, 2007

Young...

Ela tinha o mundo nos olhos, uma visão distorcida da vida, mas não se importava muito com isso.


Quando um amor deixa de ser grande, ele não vira pequeno
amor, vira pequeno estorvo...

Sunday, June 10, 2007

Mantra

Todos os dias, pela manhã, abro a janela do meu quarto pra deixar o sol ou o cinza do dia entrar.
E vou repentindo enquanto troco de roupa: que seja mais doce.
Enquanto tomo meu café: que seja mais doce.
Enquanto escovo meus dentes: que seja mais doce.
Enquanto faço a maquiagem: que seja mais doce.
Enquanto saio pra trabalhar: que seja mais doce.
E assim por diante.

Thursday, June 07, 2007

A noite das impossibilidades


No exato momento em que ela virou o último gole do capuccino, e se encaminhava para a sala de embarque, o aviso de que o vôo iria atrasar devido ao mau tempo fez com que seu castelo de areia desmoronasse.
Seu plano de chegar a tempo de encontrá-lo acabava de ser destruído.
Droga de chuva, droga de tempo, droga de vida.
Não tinha muito que fazer a não ser esperar que uma boa notícia ecoasse pelos alto-falantes do saguão de espera.
Neste meio tempo, o negócio era distrair a mente. Observar as pessoas, pensar em outras coisas, qualquer alternativa que fizesse com que aquela ansiedade e taquicardia passassem.
Em vão tentou imaginar o cenário de um filme, lembrar uma peça de teatro, tentou adivinhar o que as pessoas carregavam em suas valises.
Imaginou todas as possibilidades que se dissipavam com as gotas grossas da chuva, as palavras imaginadas que não seriam ditas, nem ouvidas, pelo menos não naquela noite.
De repente uma tristeza profunda tomou conta de si, e ela teve a sensação de morrer, sua vida se esvaindo, teve pena de si mesma...
Se tivesse que tocar uma música neste momento seria “Stella was a diver and she was always down” do Interpol.
Seu desejo neste momento era se chamar Stella.
Ou qualquer outro nome, não importava.
O tempo corria, e já era tarde demais...
Queria chamar-se Alice, e regressar ao País das Maravilhas.
Mas isso não foi possível, não nesta noite.
E Alice então adormeceu, no saguão de espera, logo após que uma lágrima grossa rolou pelo seu rosto.



Por que vontade é uma coisa que da e passa, mas nem sempre é assim...
Por que nem todos os seus desejos podem ser realizados.
Por que tudo pode ser interpretado de várias maneiras.

Saturday, June 02, 2007

Hoje fez um mês que a Hildegard dormiu pra sempre...

Dorminhoca!

Sobre aquelas cicatrizes avermelhadas que com o tempo ficarão brancas, como estrias...

Eu tentei e vi que sou capaz.
De esquecer e brincar de fazer de conta que nada aconteceu.
Eu sei que estou me enganando, mas a sensação que vem é tão boa e confortante.
Acabou não foi?
Ok... Aceitei essa condição.
Mas ainda assim prefiro pensar que nada aconteceu.
Que nunca houve erros nem mentiras.
Não quero mais recitar poesias que quebram meu coração.

Saturday, May 26, 2007

...

É verdade, faz tanto tempo.
Tanto tempo que já não lembro mais como é seu rosto, nem como é a sua voz, nem sei mais qual é o seu cheiro, ou o seu gosto.
Mas hoje me peguei sorrindo ao lembrar, não de você, mas de nós dois.

Sunday, May 20, 2007

Sobre as despedidas

Os cílios agarraram-se às pálpebras quando tentei fechar meus olhos.
Mas você assoprou e todos voaram.
De novo nasceram e de novo voaram.
Não faça mais isso!
Quem vai cortar a lágrima em fatias no dia em que você for embora?

Saturday, May 19, 2007

Vida inútil

De repente, todas as músicas, sem exceção, passam a fazer sentido e se encaixam quase que perfeitamente na minha vida.

Contraditoriamente, elas me ajudam a resignar de um jeito não muito confortável: todo mundo já passou ou vai passar por isso, por que diabo ia ser diferente comigo?



Hahaha, é tudo tão cretino...

Monday, May 14, 2007

Aquela velha estória...

Não manipule meu medo.
Esse meu medo filho da culpa...

Sunday, May 06, 2007

For my favorite Doctor...

Ok, um dia ainda escrevo sobre você.
Sobre essa nossa amizade de anos, de nossas estórias ultra divertidas em madrugadas viradas, alvoreceres tranqüilos cheios de promessas e desejos.
Um dia vou escrever sobre todos os anos em que ficamos separados, como nossas vidas caminharam separadas e acabaram por se encontrar num dia de chuva, depois de um quase desastre.
Um dia descrevo como foi o medo da quase entrega, dos risos, das conversas. Nossos quase planos, os dois com um pé atrás, desconfiados da vida, com medo da quase felicidade.
Um dia vou escrever um texto contando tudo isso, com riquezas de detalhes, descrevendo teus cabelos que eu tanto gosto de bagunçar, a cor verde desses teus olhos de abismo, onde eu caio e caio e caio... Vou descrever, mas é claro que não tão precisamente como deveria ser essa sensação que teu sorriso aberto me dá.
Um dia você terá um texto só pra você. Impregnado de ternura, de sentimentos bons.
Um texto cheio daquilo que eu tento demonstrar e não consigo.
Será um texto-declaração pra deixar registrado o quanto amo você, e tudo aquilo que não sei dizer.

Saturday, May 05, 2007

Cool é...

Sair de uma livraria as 8h da manhã de um sábado e dar de cara com um gari ouvindo Carlos Jardel...

Saturday, April 28, 2007

Remember?

Maik diz:
Acabou né?
Maik diz:
Comece pelo começo, disse o rei solenemente
Maik diz:
E vá até o fim, então...Pare
Maik diz:
hehehe.....O rei disse para a Alice, lembra?
Clementine:
E tem como esquecer?

Tuesday, April 10, 2007

Talvez se você falasse menos, me abraçasse mais, e mais apertado.
Se você me beijasse daquele jeito que faz com que nenhum pensamento seja produzido.
Se você fosse menos preocupado com detalhes poucos e pequenos.
Talvez, somente talvez eu te contaria meus medos e você entederia o porque da minha insegurança.


Mas você desata a falar e eu tô meio que sem paciência pra ouvir.
E eu digo bobagens e você entende besteiras.

Monday, April 09, 2007

Viagem pra ilha

Eu quero é ver o céu daqui, sentindo a grama e as folhas secas embaixo de mim, sentindo o vento lamber meu corpo inteiro.

Quero é ver a lua por trás das copas dançantes, dançar com elas sem sair do lugar.

Quero é lagrimar de felicidade, suspender os pêlos vez ou outra e sorrir querendo guardar tudo por dentro.

Quero é sair do meu tempo, do tempo que corre rápido, e entrar no tempo das coisas que não ligam pro tempo.

Eu quero é abraçar as árvores, mergulhar no chão, pisar descalça no úmido.

Quero ver o bicho de perto, sentir o espinho espetar, cantar contra a corrente, jogar terra pro alto, ouvir os grilos e as cigarras barulhando.

Quero é a intensidade, o colorido do desbotado, o contraste da luz, o choro da alegria.

Quero dividir o viver, espalhar toda a beleza que vejo pelos olhos que não são meus, ver os outros vivendo, viver com eles, vê-los e vivê-los.


Quero mais é que essa vida efêmera valha a pena e seja feita de momentos eternos.

Tô indo e não sei quando volto, mas eu volto, beeeeem mais feliz!!!

Sunday, April 08, 2007

"Eu dizia "apareça", quando apareceu não esperava...
Me beijou e disse "não me esqueça"...
Foi embora, e eu só esqueci metade...
Que bom que eu não tinha um revólver!
Quem ama mata mais com bala que com flecha...
E a gente faz e acontece nessa vida, nessas telas...
Nessas bagatelas!"

Saturday, April 07, 2007

Candy Killer

Sabe? Não quero te julgar, mas o que você faz é errado.
Menina má e sem coração.
Tão dissimulada.
Tão doce e compreensível.
Meiga até.
Dá aos tolos as mentiras que necessitam, a atenção pretendida.
Cria ilusões como quem faz bolinhas de sabão.
E faz das ilusões as próprias bolinhas de sabão, e as estoura uma por uma, rindo apenas.
Garota perversa.
Cativa e depois abandona.
Cultiva pra depois destruir todo o jardim.
Crueldade maior é saber que não sente remorso.
Apenas diz não se importar.
Tem sede e fome. De paixão e de amor.
Tem uma necessidade absurda de que lhe acaricie o ego.
Depois de consumida a vítima, apenas limpa o canto dos lábios e sai a procura de outro.
Faz disso um jogo, uma diversão.
Só que é vazia.
E o coração começa a ressecar.
Falta pouco pra acabar agora.
Às vezes, a morte é só a confirmação do óbito
.

Saturday, March 31, 2007

Ah!! O amor... (ou use Vodol)

Pode um grande amor, quando frustrado tornar-se uma maldição?
Creio que sim, por experiência própria, porque sei o que significa um dia ter alguém tão importante pra você ao seu lado, que seria capaz de deixar de respirar, e morreria sufocada, cianótica, mas feliz, sorrindo até.

E de repente essa mesma pessoa passa a ser tão insignificante como uma frieira no dedinho do pé. Insignificante, porém incomoda.
Sabe aquelas frieiras que deixam o meinho do dedo em carne viva?

Pois é, tem gente que vira frieira no seu dedo mindinho no pé.

Saturday, March 24, 2007

Emilio is dead...

- Você tá diferente.
- Eu sei.
- O que aconteceu?
- Perdeu a graça ser o peixe que se debate no tapete da sala.

Saturday, March 17, 2007

(Entre parenteses)

Cabeça encostada no vidro do ônibus (ela está indo embora),
e da mesma forma que as gotas de chuvas escorrem pela transparência as lágrimas escorrem pela pele macia de seu rosto. (é a tristeza líquida)
Rosto de menina com corpo de mulher. (todos vêem)
Coração de quem sabe que já cresceu, mas não quer admitir.
(então ela mente)
Consciência de quem tem muitas responsabilidades, mas não quer cumprir. (ela engana)
Vontade de voltar a ser criança. (ela sonha)

Saturday, March 10, 2007

Para alguém que já foi você, ou eu, ele e ela. Todos nós.

Sempre a viram como uma gigante.
Sempre tão intensa e densa.
Sempre no superlativo.
Se sorria, era um sorriso enorme.
Se sofria, era um sofrimento sem fim.
Se amava, era pra vida toda.
Gostava de cores fortes, intensas como ela própria.
Gostava de paixões tórridas.
De temperos exóticos.
Sempre fora assim: dramática e visceral.
Teatral às vezes.
Mas genuína, toda vida.

Saturday, March 03, 2007

Roda Viva!

Eu parei agora especialmente pra pensar no que foram os últimos dias da minha vida. De fato, foram dias que posso chamar de intensos, mesmo não sendo num sentido catastrófico ou extremo. Não falo de muito tempo. Só desta última semana, as lembranças são várias, muito fortes e muito discrepantes entre si. Momentos felizes, momentos inúteis, momentos esperançosos, momentos doentis, momentos depressivos, momentos carinhosos, momentos agressivos, momentos niilistas, momentos de todo tipo, misturados e confusos no tempo e no espaço. O fato é que, por mais "normal" que pareça, essa mistura veio acompanhada de várias reflexões que se amontoaram também. Tenho a impressão de que se eu conseguisse dizer tudo que estou pensando/sentindo nesse exato instante, um caos se formaria ao meu redor e sabe-se lá a conseqüência que isso traria. Pois bem, pode respirar sossegado porque eu não vou conseguir.

Sunday, February 25, 2007

Naquele dia que eu esqueci...

Se eu pudesse escolher, morreria em setembro.
Com a chegada da primavera e das borboletas. Morreria assim, numa tarde de sol meio tímido, mas presente, com nuvens brancas e gordas no céu, formando desenhos sortidos em meio ao azul intenso. Seria uma tarde romântica.
Nós tomaríamos um sorvete, o seu de limão, o meu não lembro bem, algo doce, muito doce (afinal não era doçura o que faltava?). As coisas aconteceriam rápidas e lentas demais.
Seria uma breve reunião de tudo o que gosto:
Tarde de sol com nuvens brancas no céu azul.
Sorvete do Freddo
Carinhos sem fim
Macarronada da Mamma
Brigadeiro
Um bom e relaxante sono.
A perfeição refletida em últimos momentos, não nossos, mas meus. Meus últimos momentos.
A perfeição de uma vida imperfeita.
Enfim, algo saiu errado.
E as semanas (e meses? E anos?) seguintes foram só tempestade na vida da menina de olhos de tempestade.

BANG BANG!!!

(Agora você poe a mão no peito e vai caindo devagar, como se tivesse sido atingido, e fica no chão, como se estivesse morto, só pra me fazer feliz).

Saturday, February 17, 2007

Como pode um peixe vivo???

Se fulaninho tivesse ficado meu amigo, mesmo depois do rompimento, eu poderia ligar pra ele e perguntar o que esta havendo com o meu aquário, e o por que meus peixes estão morrendo.
Mas não, fulaninho não quis ser meu amigo pra sanar as minha dúvidas de piscicultura.
Nem pra isso ele serviu.

Tuesday, February 13, 2007

O que acontece com o pra sempre, quando o pra sempre acaba?

É meu bem, tudo que eu desejo, mas desejo com vontade e profundamente, eu consigo.
Pode demorar, mas eu consigo.
E foi assim que eu esqueci.
Desejei do fundo da minha alma pra que aquele sentimento se fosse, como se vão os segundos depois que o ponteiro passa no infinito tic-tac.
E hoje ao acordar me senti mais vazia, sabe?
Mais vazia que o normal, meu amor. E percebi que pensar em você não me provoca as mesmas reações de antes.
Acabou, definitiva e irremediavelmente acabou.
Não sobrou nada, nem mágoa, nem tristeza.
Nem dor.
É estranha essa sensação de página virada, consegue perceber?
Mas virou. Virou realidade.
Já não desejo mais. Já não me aflige mais.
Já não me importa mais saber de você.
E agora sim, estou livre do peso do amor-sem-fim-que-acabou-assim-de-repente.
O peso do amor que era pra sempre e eterno e que sem nenhuma explicação tornou-se oco e sem nexo. O amor que sem mais nem menos não me convinha mais. Que me convêm mais, meu bem.
Estou livre da maldição dos amores infelizes e incompletos.
Estou livre, e é só...
Livre pra que minha vida siga a diante.


*E sabe qual é a melhor parte de tudo? É que ninguém mais vai me comparar a Joni Mitchell. Detesto Joni Mitchell, sempre detestei Joni Mitchell, ainda mais ser comparada a Joni Mitchell.*

Sunday, February 11, 2007

Depois que amadureceu e que decidiu não mais se matar, foi-se embora inspiração. Deixava então de ser uma sofredora diletante para tornar-se uma aduta

O sol brilhou na manhã seguinte depois da sétima vez que você me matou.
Eu acordei e o gosto metálico de sangue continuava na minha boca.
Eu pensei umas três mil quatrocentas e noventa e sete vezes como você foi capaz de fazer isso comigo.
Mas na verdade eu nem estava tão surpresa assim.
Você é sempre tão previsível que eu sabia que cedo ou tarde eu sentiria o punhal entrando nas minhas costas nuas.
Então, quando tudo aconteceu nem doeu tanto.
Creio que agora, vendo as tuas costas despidas, enquanto seguro o punhal com minhas mãos trêmulas, sentindo a carne rasgando e os filetes de sangue escorrendo devagar, pra se encontrarem no chão formando a poça maior a dor deva ser imensa.
Não, essa dor não é minha, é sua.
Tomara que doa, que doa muito.
Ninguém joga o meu coração no chão assim.
Embora hoje eu nem precise mais de um coração.



**Vou publicar todos os textos que eu tenho guardados.
O conteúdo destes textos nãoi condizem necessariamente com minha situação psicológica atual.
O título deste post é uma citação de Fernanda Young, que me fez pensar que realmente decepção não mata, mas te ajuda a amadurecer.**

Saturday, February 03, 2007

Atualmente...

Para Bob...



Eu sempre achei que sabia o que procurava.
Eu sempre fui tão segura de mim mesma.
Auto-suficiente até.
Ledo engano.
Hoje eu sei, o que eu mais queria era paz.
Paz de espírito, paz interior.
E o mais contraditório e que paz era a única coisa que eu não tinha.
Era o que estava me faltando.
Não, não irei culpar ninguém pela falta de algo que só dizia respeito a mim mesma, algo do meu interesse.
Enfim, tudo passou.
E esse sorriso que trago agora em meus lábios é verdadeiro, como há tempos não era.
Meu amigo imaginário me faz feliz, me faz sorrir e me dá diariamente drops de sorrisos e paz.
Paz.
É o que eu tenho agora.


(e agora o que eu faço com todos os textos deprês e de desabafo que escrevi em tempos ruins? Tô feliz demais pra postar aquelas coisas tristes e dramáticas. Enfim, depois penso nisso)

Saturday, January 27, 2007

É isso aí...

Ensaio sorrisos outra vez.
E rio descaradamente com cada recado.
Diversão gratuita.
Joguinhos de sedução perigosos.
Mas mesmo assim me delicio.
Volto a ser o que era outrora.
Filmes franceses, músicas inglesas.
Humor ácido.
Deus!!! Como me permiti perder tudo isso?
Como abri mão de ser o que sou por nada?
Agora trilho o caminho de volta, vou colocar cada coisa em seu lugar.
E sim, me atrevo a dizer que estou feliz.
Feliz como uma canção da Macy Grey.

Saturday, January 20, 2007

Tá difícil...

Mesmo que eu quisesse não iria conseguir explicar tudo o que anda acontecendo.
Vou deixar passar um pouco mais de tempo, e talvez eu tente escrever sobre tudo isso.
Mas não é uma promessa. Não vou me cobrar tanto.
E vou me permitir ser feliz, só pra variar.
Isso também não é uma promessa.
Mas vou tentando.
Cansei de chorar feridas que não cicatrizam.
Isso é fato.
Perdi a inspiração pra escrever, talvez a tristeza esteja indo embora, e isso sim é bom...
Minha cara blazè também está de volta.
E eu gosto disso.
E eu gosto de muitas outras coisas.
Estou me redescobrindo.