Sunday, August 19, 2007

Color print


Foi quando eu percebi.
Todas as cores fortes de que sempre gostei e que coloriam a vida que eu desenhava haviam desbotado.
Procurava um culpado.
Foi quando você entrou.
E eu vi a culpa na sua cara lavada.
Sabia que você havia feito tudo de propósito, só pra me magoar.
Você apenas afirmou com a cabeça.
Você quis destruir minha vida.
Você quis descolorir a minha vida.
Porque você é louco, e mais louca fui eu em acreditar em você.
Do alto do décimo quarto andar eu gritei, gritei e joguei suas coisas janela abaixo.
Queria ter te jogado junto.
Gritei e gritei tanto que quem passava a dois quarteirões dali me ouviu.
Gritar era a única coisa que eu podia fazer.
Gritar e jogar as suas coisas fora.
Uma a uma.
Para bem longe de mim.
Depois fiquei olhando as luzes da cidade, o fluxo de carros.
Tentei colorir minha vida de volta.
Mas mesmo assim meu ódio não passou.
Eu sei que eu não vou pro céu mesmo, então eu desejo: eu quero que você morra. Morra.
E pronto.
Não quero mais nada de você, nem pra você...
Só que morra.
E suma da minha vida e leve todos os problemas que trouxe contigo.
Seu merda.
Eu te odeio.
(E ontem eu te quis ao meu lado. Para abraçar quente e me fazer dormir, e depois acordar todos os dias e olhar pra você, te fazer sorrir, e ver o tempo parar).

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