Sou Alice.. "Everybody loves a big fat lie". Acho que as pessoas acham que PRECISAM da mentira, mas não a amam. Sou Amélie muitas vezes, para sonhar.. Porque acho que eu olho além, com uma lente de aumento para as pequenas e belas coisas. Isso em faz sorrir sem motivo. Mas acho que a Clem sou eu, quando busco a mim.. Mutável, não, reciclável, porque eu que sei quando me encontrar. E não devo buscar o amor nos outros, mas encontrá-lo no meu ser.
Tuesday, December 05, 2006
Avalanche
A tristeza toda acumulou e despencou de uma vez em choro.
Lágrimas pesadas, que machucam a cabeça, marcam o rosto, têm gosto ruim.
Estou completamente sem lugar, sem ação, sem companhia.
Saí de casa e não me encontrei, voltei pra casa e piorou.
Engoli uma comida molhada para não desmaiar, mas ela desceu contra a vontade do meu corpo.
Vontade mesmo era de me contorcer inteira e voltar para o útero da minha mãe, mas nem mesmo ela aqui estava pra me acolher.
Não queria dormir, não queria ouvir música, não queria falar, só que o silêncio e o tempo correndo me angustiavam mais ainda e me vi batendo com a cabeça na parede.
Senti raiva da minha incapacidade, senti raiva por ter que justificar meu rosto inchado no dia seguinte, senti raiva por querer sumir do mundo e senti mais raiva ainda por querer que as pessoas sentissem falta de mim.
Os dias que se passaram me fizeram um mal que só eu conheço e, mesmo assim, não conheço bem.
Pras outras pessoas, os meus dias foram irrelevantes e elas imaginam que eu estive aqui sendo eu mesma como sempre fui: uma pessoa feliz, sem motivos pra reclamar.
Com isso, vem um sentimento de culpa pela tristeza aparentemente infundada, como se eu não tivesse direito de senti-la.
As horas perdidas com ela serão cobradas, mesmo que somente por mim, e fico mais triste e com mais raiva.
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