
E nem podia ser diferente.
É perfeito quando é verdadeiro.
Sou Alice.. "Everybody loves a big fat lie". Acho que as pessoas acham que PRECISAM da mentira, mas não a amam. Sou Amélie muitas vezes, para sonhar.. Porque acho que eu olho além, com uma lente de aumento para as pequenas e belas coisas. Isso em faz sorrir sem motivo. Mas acho que a Clem sou eu, quando busco a mim.. Mutável, não, reciclável, porque eu que sei quando me encontrar. E não devo buscar o amor nos outros, mas encontrá-lo no meu ser.
Há dois anos, três anos, quatro anos. Não sei, havia coisas fáceis na minha vida. Fáceis como fazer uma prova de matemática, escrever um projeto de pesquisa, uma matéria sobre cinema. E ter boas ideias. Eu li demais, eu vi demais, eu escutei demais. Eu morri. Às vezes, a morte é só a confirmação do óbito. Como se escreve óbito? Fáceis como escrever palavras simples. Eu bebi, eu sofri, eu guardei. Tantas e tantas coisas que fiquei assim e não consigo acabar esse texto. Só para falar que não sou mais a mesma e não sei mais de nada. Quando digo que sei é mentira. Só sei discutir cinema. Com alguém que saiba pouco e menos que eu.
Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...